Mostrar mensagens com a etiqueta livros. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta livros. Mostrar todas as mensagens

23 setembro 2025

O Rouxinol - uma leitura arrebatadora sobre coragem no feminino

Já andava com este livro debaixo de olho há algum tempo. Aqui e ali ia surgindo como sugestão "se gostou de x, vai gostar deste", ou "porque procurou y, veja z". Mas acho que o que pesou mesmo na minha decisão de compra deste livro, foi o facto de ter feito o teste do Read your color e depois de ter apurado que sou uma leitora com grande percentagem de Blue Reader, O Rouxinol aparecer como um livro-tipo desta categoria de leitores. (Se ainda não fizeram este teste, convido-vos a fazê-lo aqui.) 

Parti então para a leitura de O Rouxinol, apenas sabendo que foi algures no tempo um best-seller, que, alegadamente, seria um bom livro para quem gosta de leituras que convidem à reflexão interior e que explorem os recantos do espírito humano. Não li a sinopse, apenas vi que tinha aproximadamente 600 páginas.

Comecei a lê-lo no início das minhas férias porque pensei que seria uma excelente oportunidade para ler um livro já médio-grande. Só não refleti que talvez o facto de ter começado a lê-lo enquanto estava a ler outros dois talvez não fosse ajudar. 


Do que trata 

O Rouxinol, de Kristin Hannah, é um livro que conta a história de duas irmãs francesas, Vianne e Isabelle Rossignol, no contexto da 2ª Guerra Mundial, aquando da ocupação de França pelas tropas alemãs. Até aqui, nada de muito novo: não é uma temática inovadora e por isso confesso que de início achei que afinal estava a embarcar numa história que tinha prometido mais do que iria entregar. É um livro que começa de forma algo lenta, demora algum tempo a contextualizar a situação quase idílica de uma das personagens principais, a Vianne, antes da Guerra lhe bater à porta. Digo quase idílica porque até parecia pouco verosímil que à época houvesse famílias a viver assim no contexto descrito. Depois a descrição e enquadramento da outra personagem principal, Isabelle, também me pareceu um bocado exagerada, no sentido do assinalar a sua rebeldia e irreverência. Por isso, considero que o início do livro não é muito abonatório. Mas, bom, as boas notícias é que melhora, e muito, na minha opinião.

Para mim foi mesmo um daqueles livros que começamos a ler aos poucos e por vezes a duvidar se nos vai encher as medidas, mas que à medida a que avança a história e o enredo, nos vamos envolvendo emocionalmente com as personagens e com o seu contexto, num crescendo constante.

Se comecei muito devagar, a ler pouco de cada vez e até a achar que os capítulos eram grandes demais, a verdade é que para o final já nem me apercebia, porque só queria continuar a ler.

Não tenho a certeza, porque não fui verificar, quanto da história de O Rouxinol é factual ou quanto é ficção, mas mais importante do que isso a meu ver é o facto de explorar a importância do papel das mulheres no contexto da 2ª Guerra Mundial, de como elas conseguiram lidar com as vicissitudes desse contexto, e de como tantas delas tiveram papeis importantíssimos e que raramente são mencionados. Acresce o facto de estar escrito de uma forma cuidada, mas despretensiosa, direta e clara, mas que consegue criar no leitor uma ligação emocional forte com as personagens. Ainda que muitas vezes desse por mim a pensar porque é que têm de ser sempre mulheres bonitas, ou que tenham de referir enfaticamente estas características, acho que não é isso que impede ou que é condição para que sejam admiráveis.

O que me prendeu à leitura

É muito evidente ao longo da história a evolução das personagens, que, aliada ao ritmo dos acontecimentos e à carga dramática dos mesmos é sem dúvida um facilitador para a ligação emocional por parte do leitor.

A cadência crescente dos acontecimentos, bem como um pequeno capítulo de salto no tempo que é um bom teaser para o desenlace da história (cujo suspense é mantido até ao final finalinho), acho que são os pontos principais que nos colam ao enredo até ao final.

Contas feitas

Para mim O Rouxinol foi um livro arrebatador, merece muito toda a crítica positiva que tem recebido e se são leitores que gostam de romance histórico, ou de livros que falam de evento dramáticos, ou de livros que abordam a importância da figura da mulher, ou de livros que exploram o crescimento pessoal e a profundidade emocional, vão que vão bem. 

E vocês, já leram ou estão para ler O Rouxinol? Gostaram ou ficaram com vontade de ler? Contem-me tudo!

📖 Livro: O Rouxinol
🖋️Autora: Kristin Hannah
🎯Género: Romance histórico, Ficção histórica
🗣️Temática: 2ª Guerra Mundial, Resistência francesa, Mulheres na guerra, Relação entre irmãs, Crescimento pessoal, Drama histórico
💬Experiência de leitura: Blue Reader, Leitura demorada, Reflexão interior, Emoção na leitura
🤍Recomendação de leitura: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️

02 junho 2025

95ª Feira do Livro de Lisboa

Olá,
É com enorme alegria que venho anunciar que estarei presente na 95ª edição da Feira do Livro de Lisboa, no dia 19 de junho, pelas 14H00, para uma sessão de autógrafos.


Estarei nos pavilhões da Atlantic Books - G16 | G17 | G18 | G19 | G20, com o meu livro "E se eu cair?" disponível para autografar os vossos exemplares, ou simplesmente para conversar sobre este meu projeto que inicia o meu percurso enquanto autora. O público-alvo deste livro serão as crianças dos 3 aos 7 anos de idade, mas contém uma mensagem que poderá ser apreciada por leitores de todas as idades.

Se estão a pensar visitar a Feira do Livro de Lisboa, não se esqueçam de adicionar este stand.
Espero por vós!

08 janeiro 2025

Apresentação do livro e hora do conto na Biblioteca da Ericeira


 Olá,

Já está confirmada uma nova apresentação do livro "E se eu cair?" no dia 18 de janeiro, pelas 15h30, na Biblioteca Municipal da Ericeira. Neste evento será feita uma apresentação do meu livro, seguida de um momento de "hora do conto" onde farei a leitura do mesmo. Os destinatários principais serão crianças dos 3 aos 7 anos de idade, mas poderá ser apreciado por público de todas as idades.

Esta sessão, tal como outras atividades das Bibliotecas Municipais de Mafra, é de participação gratuita, mediante inscrição prévia, através do e-mail: biblioteca.atividades@cm-mafra.pt

Conto com a vossa presença!

Até breve.

10 novembro 2024

Evento de Lançamento

Hoje venho convidar-vos para o lançamento do meu livro que terá lugar no dia 23 de novembro, sábado, pelas 15h30 na Livraria Martins, em Lisboa. 

Fico à vossa espera para conhecerem um pouco melhor este meu projeto. No final terei todo o gosto em autografar o vosso livro. 

Até breve.

27 setembro 2024

O meu primeiro livro publicado

 É com uma enorme alegria e orgulho que vos apresento o meu primeiro livro publicado, intitulado "E se eu cair?", publicado através da Flamingo Edições - Atlantic Books


Este meu primeiro projeto, é um livro infantil que conta a história do Tiago, um menino que queria muito andar de bicicleta sem rodinhas. No entanto, apenas quando está prestes a fazê-lo é que se apercebe que sem rodinhas existirá o risco de cair. O Tiago nunca tinha pensado nisso: e se ele cair?

É uma história sobre o medo e a importância da sua tomada de consciência para a sua superação. Embora o público alvo sejam crianças entre os 3 e os 7 anos de idade, julgo que é uma história com uma mensagem subliminar transversal a todas as idades.

E se eu cair? já está à venda on-line no site da Atlantic Books aqui, em formato papel e ebook, e também na livraria Martins em Lisboa.

Quanto ao evento de lançamento, há de ser em breve embora não tenha ainda a certeza de quando e em que local😅, mas será na zona de Mafra-Ericeira.

Espero muito que gostem!

26 abril 2011

Um livro

No outro dia fiz uma busca a uma pérola do meu passado...


Afinal já faltam poucas coisas para fazer: já plantei uma (e outra e outra) árvore, e já escrevi (em tempos) um livro... Há muito muito tempo, era eu uma criança e escrevi "um livro". Pela caligrafia suspeito que teria, no máximo, os meus 9 anos de idade. Ora bem, eis que o livro resgatado dos confins do tempo, guardado, quase que embalsamado, dentro da caixinha das memórias tristes, das cartas amarelas e do bilhete da expo98, regressa à luz do dia! Muito devagar, fui passando as velhas folhas do bloco de notas, e ainda me detive nas primeiras com algumas observações infantis do género "quem diz é quem é" (afinal sempre fui uma criança (a)normal como todas as outras). Fui passando muito calmamente página a página, ainda que estivesse ansiosa para reler essa grande obra literária, que eu tinha, e ainda tenho (cof cof), a certeza que vai ser editada um dia, com direito a capa e ilustrações estilo anita... et voila dei com ela finalmente:


" A viagem Fantástica de Dulcineia"

E é este pequeno presente que deixo aqui hoje :)
----------------------------------------------------------


Numa terra muito distante, vivia uma menina que se chamava Dulcineia, mas todos as tratavam por “Dulci”.
Um dia sua mãe mandou-lhe fazer um recado:
- Vai ao mercado e traz: 1Kg de feijões, 2Kg de batatas, 5 ovos, 7 cenouras e um pão. E não te esqueças de ir buscar água à fonte!
Dulcineia foi ao mercado e em seguida foi à fonte. Quando se virou para o caminho de casa, viu uma grande árvore com uma porta. Dulcineia abriu a porta e entrou, mas a porta fechou-se e Dulci não conseguiu abri-la. Estavam umas escadas em frente à porta. Dulci desceu as escadas e subiu outras. No fim das escadas estava uma porta meio aberta meio fechada. Ela abriu a porta e foi dar a uma grande floresta. Dulci andou, andou, até ser de noite! Foi então que encontrou uma casa. Bateu à porta que se abriu de repente.
- Está aí alguém? – Perguntou ela.
- Estou aqui sim. Sobe as escadas vira à direita e entra na segunda porta à esquerda.
Dulci abriu a porta e viu um grande laboratório onde estava um senhor já idoso sentado à mesa.
- Vamos minha menina, senta-te. Como é que te chamas?
- Dulcineia, mas todos me tratam por Dulci.
- Eu chamo-me Cobaia.
- Sr. Cobaia, acha que eu posso voltar para casa?
- Eu penso que não! Mas podes dormir cá, se quiseres.
- Muito obrigada.
No dia seguinte Dulci levantou-se tomou o pequeno-almoço e disse ao Cobaia:
- Eu vou me embora à procura da minha casa.
- Ah! Então leva esta bolsa que eu preparei para ti.
- Muito obrigada mais uma vez Sr. Cobaia.
- Adeus e tem cuidado.
Dulcineia andou, andou, andou, até que viu um gelado falante. No princípio Dulci não sabia que era falante; então pegou nele e começou a comê-lo. Mas o gelado deu logo um grito:
- Ai! Não me comas.
- Quem és tu? – Perguntou ela.
- Sou um gelado falante. E tu quem és?
- O meu nome é Dulcineia, mas todos me tratam por Dulci.
- Muito prazer em conhecer-te.
O gelado começou a andar e Dulci perguntou:
- Onde vais?
- Vou mostrar-te a minha aldeia.
Ela seguiu o gelado até que chegou a uma aldeia de gelo.
- Anda, não tenhas medos, vou mostrar-te os meus pais.
- Tu tens pais?
- Claro que tenho.
Quando ela chegou a casa do gelado falante ele disse-lhe:
- Espera aqui, vou chamar os meus pais.
- Está bem. - Respondeu ela.
Quando os pais do gelado chegaram, disseram:
- Olá, quem és tu?
- Muito prazer em conhecer-vos, eu sou a Dulcineia.
- Desculpa não te poder convidar para entrar, mas tu és tão grande!
- Ah! Não faz mal. Eu vou passear. – Disse ela.
- Também posso ir?
- Claro!
E lá foram andando até que encontraram um balão a mexer-se. Dulci pegou no balão e ele disse-lhe:
- Por favor, enche-me senão vou ficar doente!
Dulci, assustada, encheu-o muito depressa. O balão agradeceu-lhe e foi-se embora.
Dulci e o gelado continuaram pela floresta fora até que chegaram a um caminho largo com flores nas bermas.
- Este caminho vai dar à cidade das fantasias. – Disse o gelado.
- Posso ir lá? – Perguntou ela.
- Tu podes, mas eu não.
- Porquê?
- Porque ainda posso ser comido por alguém! Adeus.
- Adeus.
Dulci seguiu o caminho que ia dar à cidade das fantasias. Quando lá chegou viu uma fada cor-de-rosa e perguntou-lhe:
- Onde está o vosso chefe?
- Nós não temos chefe. Mas o rei Estêvão vai gostar muito de te conhecer. Segue-me!
Dulci seguiu a fada até que chegou a um labirinto. Na entrada do labirinto estavam dois soldados de madeira que disseram:
- O que queres?
- Eu quero ver o rei.
- Há três maneiras de fazê-lo mas a mais fácil é seguires em frente.
Dulci fez como os soldados recomendaram até que chegou à porta do palácio. Subiu as escadas, no cimo das quais estavam outros soldados que a acompanharam até á sala do trono. Aí estavam sentados: um senhor de barbas atadas e uma senhora com o vestido enrolado. Dulci fez uma vénia e disse:
- Chamo-me Dulcineia e estou perdida…
- Se estás perdida nós temos a solução! – Disseram eles sem deixarem Dulci acabar a frase.
- Mas…
- Nada de mas.
A rainha desenrolou o vestido e o rei a barba. Dulci ficou espantada quando as barbas do rei e o vestido da rainha se desenrolaram todos e bateram na porta. O rei começou a ler a barba e a rainha a ver imagens no seu vestido.
- Aqui não! Aqui, não, não, não… Ah! Cá está a gruta dos espelhos mágicos.
- Que bom, assim já posso voltar para casa.
- Fica muito longe da nossa cidade… Mas poderás passar a noite cá. Acho que o Capuchinho vermelho não se vai importar que tu durmas na casa dele.
- E onde fica?
-Quando saíres do labirinto segue em frente até chegares a uma casa. Nessa casa é que mora o Capuchinho Vermelho.
Quando Dulci chegou a casa do Capuchinho Vermelho bateu à porta e uma senhora veio abrir.
- Boa tarde! Aqui é que é a casa do Capuchinho Vermelho?
- É sim.
- O meu nome é Dulcineia mas todos me tratam por Dulci.
- Entra! O que te traz por cá?
- O rei Estêvão disse que podia passar a noite na casa do Capuchinho, porque ele não se ia importar.
- Nós não nos importamos. Vou chamar o Capuchinho. Queres vir?
- Claro!
Dulci seguiu a senhora até que chegou a um campo cheio de flores e lá estava o Capuchinho Vermelho.
- Capuchinho, anda cá, tenho aqui uma menina que precisas de conhecer. – Disse a senhora. E lá veio o Capuchinho a correr.
- Bem vou preparar o jantar. Vocês ficam aqui ou vêm?
- Ficamos. – Disseram as duas.
- Olá, eu chamo-me Dulcineia mas todos me tratam por Dulci. O rei disse que podia passar a noite cá.
- Ah sim?! E amanhã para onde vais?
- Vou para a gruta dos espelhos mágicos!
- E vais sozinha?!
- Vou. Eu não quero que ninguém se meta em sarilho por minha causa.
- Meninas, venham comer! – Disse a mãe do Capuchinho.
- Não fales disto a ninguém, nem á tua mãe!
- Está bem.
No dia seguinte Dulci levantou-se cedo mas quando passou na cozinha estava lá uma sacola e um papel que dizia:
«Querida amiga Dulci: preparei esta sacola com coisas para comeres durante a tua viagem à gruta dos espelhos, espero que consigas o que queres. Capuchinho»
Dulci foi andando até que encontrou um rapaz.
- Olá, o meu nome é Dulcineia mas todos me tratam por Dulci.
- Olá o meu nome é Leonardo e vou para a gruta dos espelhos.
- Eu também. O que é que vais lá fazer?
- Vou para minha casa.
- Eu também.
E lá foram andando e conversando e comendo até que chegaram. Na gruta estava muito escuro mas Leonardo acendeu um fósforo. Olharam em seu redor e viram uma porta. Quando abriram a porta Leonardo apagou o fósforo e os dois dirigiram-se aos espelhos. De repente ouviram uma voz que lhes disse:
- O que querem vocês dois?
- Queremos voltar para casa!
- Abram aquela arca. Se tiver luz saltem lá para dentro, se tiver escuridão, voltem cá daqui a três anos.
Dulci e Leonardo abriram a arca e ficaram encandeados com tanta luz. Então saltaram lá para dentro e adormeceram. Quando acordaram estavam nas suas casas.
- Onde estiveste Dulci?
- Depois eu explico.
Na outra casa:
- Onde foste Leonardo?
- Já te digo mãe, depois de ver o pai.


FIM